Secretaria de Familia

 

Perdão Conjugal

suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.”Cl 3.12

A palavra perdão no hebraico (“kaphar”) significa “cobrir”, e no grego (“apolúo”), “deixar ir, soltar”. A partir desses significados, entende-se como perdão o ato de libertação (remissão) do pecado cometido.

O perdão ensinado por Jesus é aquele que libera o ofensor para que ele se arrependa (Rm 2.4), e não aquele que exige primeiramente o arrependimento do mesmo, para em seguida liberá-lo. Jesus nos deu vários exemplos de que é o próprio ato do perdão que libera o ofensor para o arrependimento.

O casamento mais bem-sucedido é aquele em que o perdão é frequentemente buscado e ricamente concedido (Ef 2.14-16). Perdoar é um ingrediente que alimenta o relacionamento amoroso, do qual necessitamos diariamente. Quando perdoamos nosso cônjuge fazemos com que o perdão se torne como um remédio de Deus para a prosperidade do nosso relacionamento conjugal (Mt 6.14-15).

Faz-se notório afirmar que o perdão jamais poderá retirar do cônjuge infrator sua responsabilidade pelo erro cometido. Paulo prova-nos isso ao afirmar que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23), lembrando-nos que o homem, mesmo perdoado, assumiu as conseqüências do seu erro.

Perdoar o cônjuge é prova de amor. Assim sendo, não se deve ficar remoendo as ofensas do cônjuge, e sim procurar exercer a misericórdia para com ele, liberando-lhe o perdão de modo que tenha oportunidade de recuperação, sem se exigir nada em troca.

Se os casais decidirem sempre conjugar na prática o verbo perdoar, certamente gozarão de uma maior alegria e realização conjugal.

Lembre-se que o matrimônio caminha com o perdão.

Pr. Paulo e Márcia Reina

 

Superando os Conflitos Conjugais

Não existe matrimônio isento de conflitos, mesmo naqueles onde os relacionamentos conjugais sejam mais maduros e profundos. Como resolver os conflitos de forma a não prejudicar nosso ajustamento conjugal?

A incompatibilidade de temperamentos, os ruídos na comunicação do casal, o ciúme doentio, finanças, problemas com parentes, stress, educação de filhos e o próprio Satanás têm sido apontados como as principais causas geradoras de conflitos conjugais. O que fazer para superá-las?

A tendência natural do ser humano é apontar o erro do outro e não o que o levou a errar. Quando o casal não trata do problema básico que causa os conflitos, mas um cônjuge ataca o outro, às vezes usando palavras de baixo escalão e demonstrando com excesso físico o seu desagrado, surgirá uma grande barreira no relacionamento conjugal. Logo, procure identificar o problema básico que levou o casal à discórdia, e não simplesmente a pessoa.

Torna-se necessário que aquele pelo qual veio o conflito assuma que errou e ao que foi vítima, perdoar seu parceiro de aliança. Se durante uma discussão trouxermos à tona erros passados, jamais conseguiremos resolver a situação atual, pois se estamos lembrando desses erros é prova de que os problemas do passado não foram resolvidos.

Existem cônjuges que não medem esforços para discutir problemas em horários e locais mais impróprios, dificultando ainda mais o conflito. Um local aprazível poderá contribuir para ordenar as idéias e se conversar com seriedade e liberdade sobre pontos de vista diferentes (Pv 15.23). Quando as emoções estão à flor da pele, esta não é a melhor hora para se chegar a um acordo.

É necessário que os cônjuges aceitem o fato de que ninguém está sempre certo. O que é correto ou não é que deve ser considerado, e não quem está correto. Isso dá margem para, tanto um quanto o outro, estar com a opinião correta. É nesse caminhar de erros e acertos que o casal vai se ajustando, dia a pós dia, cabendo a um aprender com o outro, um ajudar o outro.

Muitas vezes os conflitos têm origem na discussão de questões banais, roubando assim momentos de felicidades do casal. Para evitar isso, procurem orar juntos, confessando sua parte de culpa e pedindo orientação de Deus e graça suficiente para operar mudanças em suas vidas.

Em suma: Nunca deixe de encarar um problema que gerou conflito, colocando-o de lado. A frase “deixa pra lá” dá a idéia de que o problema não é tão significativo para exigir uma solução. Isso porque, às vezes, um tem medo de criar desavenças ou desentendimento no relacionamento e se cala, pensando que o problema irá desaparecer por si só, mas em geral não é isso o que acontece. O importante é identificá-lo e aprender a tratá-lo, colocando em prática a fé cristã e os ensinos da Palavra de Deus.

Publicado em Casamento

 

Oração

 

 

A necessidade de orar “JUNTOS”
Como uma só carne os cônjuges necessitam orar juntos. Geralmente cada cônjuge procura manter sua vida de oração de forma individual, sem considerar “o orar junto” como casal, que na maioria das vezes só ocorre em períodos de crise. Embora seja primordial para cada cônjuge manter sua própria vida devocional, como casal isso não é suficiente. A oração feita juntamente com o cônjuge levará o casal a falar com Deus como “uma só carne”. Orando como “uma só carne”, os cônjuges, através da orientação e direção do Espírito Santo, tornar-se-ão verdadeiramente e progressivamente “um” conforme Deus planejou.

A intimidade conjugal necessita do orar juntos para seu desenvolvimento. O marido e a esposa que oram juntos geralmente conseguem obter um elevado nível de intimidade. Nenhuma outra área do relacionamento conjugal, inclusive a sexual, por melhor que seja não gera no casal tamanha intimidade. A intimidade de um casal cresce com mais intensidade à medida que ele consegue manter conscientemente sua vida de oração.

Motivos para orar “JUNTOS”
A oração feita por duas pessoas em concordância é bíblica. É desejo do Senhor Jesus que nosso cônjuge seja nosso parceiro íntimo de oração. Jesus disse que “(…), se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhes será feito por meu Pai, que está nos céus” como também “onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles” (Mt 18.19, 20). É de fundamental importância que o casal entre em concordância para desfrutar das bençãos celestiais. Um dos meios pelos quais o casal aprende a chegar a um acordo sobre um determinado assunto, é orando junto. Como duas pessoas, cabe aos cônjuges, em acordo, se reunirem em oração para poderem desfrutar da presença de Jesus e obter respostas às suas orações, conscientes de que seu cônjuge é o seu próximo mais próximo.

A oração feita em conjunto no espírito edifica a unidade de uma só carne. O apóstolo Paulo afirma em ICo 14.14 que quem ora no espírito a si mesmo se edifica. Logo, os cônjuges que oram no espírito além de a si mesmo se edificarem espiritualmente, estarão fortalecendo sua unidade de uma só carne (corpo, alma e espírito). Tal fato é proveniente da submissão do casal à liderança do Espírito Santo que de forma maravilhosa sempre estará disposto a trabalhar continuamente no aperfeiçoamento da vida espiritual do casal, de modo que suas bênçãos e promessas alcancem também seu relacionamento emocional e físico (Rm 8.26, 27). Quando oramos juntos no espírito, estamos colocando nossa língua debaixo do controle do Espírito Santo (Tg 3.8) como também submetendo a nossa vontade à vontade de Deus (IJo 5.14).

A oração feita em conjunto cura casais feridos. Os cônjuges que guardam feridas na alma em virtude de conflitos passados podem, perfeitamente, ser curados através do orar juntos. Pelo simples fato de se submeterem a Deus em oração, O Espírito Santo encontrar liberdade para trabalhar na alma e espírito do cônjuge ferido, curando seu interior.

A oração feita junto leva o cônjuge a se reconciliar com seu parceiro. Cônjuges, que por alguma razão se chatearam com seu parceiro de oração, tendem de uma maneira ou de outra a se reconciliarem com ele pelo simples fato de não terem coragem de falar com Deus, sem perdoá-lo. Jesus categoricamente afirmou que se não perdoarmos as dívidas daquele que nos ofendem, Deus também não nos perdoará (Mt 6.15). Esta é uma das melhores maneiras de impedir que o sol se ponha sobre a nossa ira (Ef 4.26).

A oração feita junto não deixa o cônjuge sofrer sozinho. Ana, ao longo de sua aflição de não poder ser mãe, não pode ter ao seu lado Elcana para lhe ajudar em oração. Quem sabe, se ele estivesse orando sempre juntinho dela, seu sofrimento seria menor? (ISm 1.9, 10). O cônjuge deve sempre ser parceiro de seu par no buscar das bênçãos de Deus para solução de seus problemas particulares. Assim sendo, serão parceiros das bençãos e dos problemas.

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